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A deficiência visual é caracterizada por limitações na capacidade de enxergar, mesmo com correções como óculos ou lentes de contato. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), engloba desde perda parcial até a cegueira total, afetando significativamente a realização de atividades cotidianas e a interação com o ambiente.
Dentro do espectro da deficiência visual, a baixa visão é definida como uma acuidade visual entre 20/60 e 20/400 no melhor olho, mesmo com correção, ou um campo visual restrito a menos de 20 graus, conhecido como “visão em túnel”. Apesar da perda, pessoas com baixa visão ainda possuem visão residual que pode ser aproveitada e otimizada por meio de recursos como lentes especiais, lupas, leitores de tela e dispositivos eletrônicos.
Diferentemente da cegueira total, a baixa visão não implica ausência completa de percepção visual, mas exige adaptações e suporte para garantir maior autonomia e inclusão. Diagnóstico precoce, reabilitação e acesso a tecnologias assistivas são fundamentais para promover qualidade de vida às pessoas com deficiência visual.
A ambliopia é a principal causa de baixa visão em crianças, sendo mais frequente do que todas as outras causas juntas. Afeta de 3 a 5% da população. Um olho é amblíope quando a acuidade visual é relativamente menor à de um olho normal, no mínimo em duas linhas numa escala subjetiva da medição da visão.
A ambliopia é uma condição visual caracterizada pela redução da acuidade visual em um ou ambos os olhos, mesmo com o uso de óculos ou lentes corretivas. Geralmente, ocorre durante a infância, enquanto o sistema visual ainda está em desenvolvimento, sendo a principal causa de perda visual em crianças. A condição resulta da falta de estímulo adequado ao cérebro a partir do olho afetado, que é “ignorado” no processamento visual.
Os sintomas incluem visão borrada ou reduzida em um olho, dificuldade de percepção de profundidade e problemas de coordenação. Muitas vezes, é difícil identificar a ambliopia em crianças, já que elas não percebem ou não relatam a dificuldade visual.
O tratamento é mais eficaz quando iniciado precocemente, idealmente antes dos 7 anos de idade. As principais abordagens incluem:
A ambliopia é tratável, mas sua eficácia depende do diagnóstico precoce e da adesão ao tratamento. Nos casos não tratados, pode resultar em perda permanente da visão no olho afetado. A conscientização sobre a importância de exames oftalmológicos regulares na infância é essencial para a prevenção dessa condição.
O glaucoma é uma doença progressiva caracterizada por danos ao nervo óptico, geralmente associados ao aumento da pressão intraocular. Essa condição pode levar à perda da visão periférica, evoluindo para “visão em túnel” e, nos casos graves, à cegueira total. Por ser muitas vezes assintomático em estágios iniciais, o diagnóstico tardio contribui para a baixa visão irreversível.
A catarata é a opacificação do cristalino, dificultando a passagem da luz para a retina. Apesar de ser uma das principais causas de baixa visão em todo o mundo, o tratamento cirúrgico é altamente eficaz e acessível em muitos países. No entanto, em regiões com recursos limitados, a catarata não tratada continua sendo uma causa significativa de deficiência visual.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado dessas condições são essenciais para prevenir a progressão para baixa visão, garantindo melhor qualidade de vida e funcionalidade visual.
O tratamento do estrabismo varia conforme a causa e a gravidade, podendo incluir óculos, exercícios oculares, terapia visual, toxina botulínica ou cirurgia para realinhar os olhos. A intervenção precoce é crucial para prevenir complicações visuais e sociais.
Algumas doenças oftalmológicas causam alterações significativas no campo visual, impactando diretamente a visão funcional e a qualidade de vida dos indivíduos. Essas condições podem resultar em perda parcial ou progressiva da visão, comprometendo tarefas cotidianas como leitura, locomoção e interação social. Entre as principais doenças relacionadas às alterações de campo visual estão a retinopatia da prematuridade, a retinose pigmentar e a degeneração macular relacionada à idade (DMRI).
A ROP é uma doença que acomete bebês prematuros devido ao desenvolvimento inadequado ou anormal dos vasos sanguíneos da retina. Em estágios iniciais, pode causar alterações mínimas na visão, mas nos casos graves, há risco de descolamento da retina, levando à perda severa do campo visual ou até à cegueira.
Os fatores de risco incluem nascimento antes de 31 semanas de gestação e exposição prolongada ao oxigênio em incubadoras. A detecção precoce é essencial e pode ser realizada por meio de exames oftalmológicos específicos em recém-nascidos prematuros.
A retinose pigmentar é uma doença hereditária degenerativa que afeta as células fotossensíveis da retina, especificamente os bastonetes, responsáveis pela visão periférica e noturna. O progresso da doença causa estreitamento gradual do campo visual, resultando em “visão em túnel”.
Em estágios avançados, a visão central também pode ser afetada, limitando ainda mais as funções visuais.Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)
A DMRI é uma das principais causas de perda de visão em idosos, afetando a mácula, a parte central da retina responsável pela visão de detalhes e cores. A doença apresenta duas formas principais:
Embora o campo visual periférico geralmente permaneça intacto, a perda da visão central impacta atividades como leitura, reconhecimento facial e tarefas que exigem precisão.
Independentemente da causa, o diagnóstico precoce dessas condições é crucial para reduzir o impacto das alterações no campo visual. Além disso, programas de reabilitação visual, aliados ao uso de tecnologias assistivas, podem ajudar as pessoas afetadas a manterem sua independência e melhorarem sua qualidade de vida.
Os avanços tecnológicos têm desempenhado um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida de pessoas com baixa visão. Esses recursos auxiliam na maximização da visão residual, permitindo maior independência em atividades do dia a dia e promovendo a inclusão social. Eles abrangem desde dispositivos ópticos e eletrônicos até softwares inovadores e aplicativos móveis, adaptados às diversas necessidades visuais.
A combinação desses recursos com treinamentos adequados e suporte profissional não apenas melhora a funcionalidade visual, mas também amplia as oportunidades de inclusão no mercado de trabalho, na educação e na interação social. Com o contínuo avanço das tecnologias, novas soluções prometem reduzir ainda mais as barreiras enfrentadas por pessoas com baixa visão, promovendo sua plena participação na sociedade