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Deficiência visual cortical/cerebral

Você já ouviu falar sobre a deficiência visual cortical ou deficiência visual cerebral? Se não, não se preocupe, pois este artigo lhe dará todas as informações necessárias para entender essa condição.Entender essa condição é crucial para que possamos oferecer o apoio e a compreensão adequados às pessoas que convivem com ela.

Os termos cortical e cerebral podem até ser usados como sinônimos no sentido de que é uma condição complexa que afeta a capacidade do cérebro de processar informações visuais, independentemente da integridade dos olhos ou do nervo óptico.  Esta condição difere das deficiências visuais periféricas, onde a causa está na própria estrutura ocular, pois na deficiência visual cortical/cerebral, o problema reside no processamento neural das informações visuais.

Uma das características distintivas dessa condição é a diversidade de manifestações. Enquanto algumas pessoas podem experimentar  imensas dificuldades visuais,  outras podem apresentar deficiências visuais mais sutis, como dificuldade na interpretação de objetos, reconhecimento de rostos, ou compreensão do espaço ao redor. 

Existem várias causas possíveis para a DVC, incluindo lesões cerebrais, problemas no desenvolvimento do cérebro e condições genéticas. Os sintomas podem variar e atualmente mais de 16 comportamentos visuais já foram listados e devem ser rastreados e avaliados.

DVC – Deficiência visual cortical ou cerebral –  Tem diferença?

A deficiência visual cortical, também conhecida como DVC, é uma condição em que o cérebro não processa corretamente as informações visuais que são enviadas pelos olhos. Isso resulta em dificuldades de visão, mesmo que os olhos sejam saudáveis.Ao contrário de outras formas de deficiência visual que são causadas por problemas oculares, a DVC está relacionada a um processamento inadequado das informações visuais pelo cérebro.

O que é a deficiência visual cortical?

O termo DVCerebral atualmente tem sido mais aceito pelos pesquisadores da área e abrange uma definição do tipo “guarda-chuva” ao reconhecer diferentes formas de o sistema neurológico afetar o funcionamento da visão.  A DV Cerebral é uma lesão ou desordem nas vias visuais e nos centros visuais do cérebro, incluindo as vias de percepção visual, cognição visual e orientação visual do movimento. Nessa perspectiva, há o conceito de cérebro visual como a totalidade dos elementos cerebrais que servem ou apoiam a visão para mapear, pesquisar, dar atenção, reconhecer e interpretar a entrada visual.

 O que é a deficiência visual cerebral?

O termo DVCerebral atualmente tem sido mais aceito pelos pesquisadores da área e abrange uma definição do tipo “guarda-chuva” ao reconhecer diferentes formas de o sistema neurológico afetar o funcionamento da visão.  A DV Cerebral é uma lesão ou desordem nas vias visuais e nos centros visuais do cérebro, incluindo as vias de percepção visual, cognição visual e orientação visual do movimento. Nessa perspectiva, há o conceito de cérebro visual como a totalidade dos elementos cerebrais que servem ou apoiam a visão para mapear, pesquisar, dar atenção, reconhecer e interpretar a entrada visual.

Causas da deficiência visual cortical/cerebral – DVC

Existem várias possíveis causas da deficiência visual cortical/cerebral:  lesões cerebrais traumáticas, acidentes vasculares cerebrais, tumores cerebrais, malformações congênitas, síndromes genéticas ou de problemas durante a gravidez como infecções pelo vírus da ZICA, toxoplasmose, citomegalovírus e herpes.

A  deficiência visual cortical/cerebral pode coexistir com DV por outras condições, sendo as mais frequentes: atrofia do nervo óptico, hipoplasia do nervo óptico e estrabismo. 

Características da deficiência visual cortical/cerebral – DVC

Além das dificuldades na percepção visual, a deficiência visual cortical/cerebral frequentemente está associada a uma série de desafios cognitivos e comportamentais. Muitos indivíduos podem apresentar dificuldades de atenção, memória visual, planejamento motor e habilidades visuoespaciais. Isso pode afetar significativamente a capacidade de realizar atividades cotidianas, como navegar em ambientes desconhecidos, ler ou reconhecer objetos.Além disso, há dificuldades em reconhecer rostos, objetos e cores também são comuns. É importante ressaltar que a visão pode variar ao longo do tempo, podendo melhorar ou piorar dependendo da situação.

Outra característica marcante é a variabilidade na funcionalidade visual ao longo do tempo e em diferentes contextos. Algumas pessoas podem apresentar momentos de melhora temporária, enquanto outras experimentam flutuações na percepção visual devido a fatores como fadiga, estresse ou mudanças ambientais. Essa imprevisibilidade pode ser desafiadora e requer adaptações constantes para lidar com as demandas do dia a dia.

Diagnóstico e avaliação da deficiência visual cortical/cerebral

O diagnóstico da deficiência visual cortical pode ser um desafio, pois não há um teste específico para identificar a condição. Geralmente, é feita uma avaliação clínica completa, que inclui a análise dos sintomas, histórico médico e exame oftalmológico e avaliação das características comportamentais visuais relacionadas ao processamento visual. 

Apesar dos desafios associados à deficiência visual cortical/cerebral, é importante reconhecer que cada indivíduo é único e pode desenvolver estratégias de adaptação e compensação. Terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, ortoptistas, pedagogos  e especialistas em reabilitação visual desempenham papéis fundamentais no desenvolvimento de estratégias personalizadas para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Isso pode envolver a utilização de tecnologias assistivas, treinamento em habilidades sociais e a criação de ambientes adaptados.

Avaliação e intervenção  na deficiência visual cortical/cerebral

Uma abordagem holística e centrada na pessoa é essencial para apoiar indivíduos com deficiência visual cortical/cerebral. Isso envolve não apenas a implementação de soluções práticas, mas também o reconhecimento e respeito pela dignidade e autonomia de cada pessoa. Ao promover a conscientização sobre as características e necessidades específicas dessa condição, podemos trabalhar juntos para criar uma sociedade mais inclusiva e acessível para todos.

A avaliação das funções visuais e a avaliação funcional da visão são essenciais para  identificar as capacidades visuais, funções sensoriais e oculomotoras. No entanto, é fundamental avaliar  comportamentos visuais que indiquem alterações de processamento nas vias visuais ventral e dorsal.

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A via de visual ventral é responsável pelo processamento e  reconhecimento e nomeação  das cores,  números, letras e palavras, além de processar informações sobre objetos e formas.  Essa via ventral é responsável pelo reconhecimento das expressões faciais, animais e pessoas. 

A via de visual dorsal é responsável pelo processamento das informações visuais  do movimento dos pés, pernas, braços e mãos, pelo reconhecimento de  um texto lotado de informação, por objetos em ambientes lotados de informação visual, por encontrar objetos a distância e encontrar objetos em um fundo/plano específico e até mesmo encontrar uma rota em ambientes lotados e encontrar pessoas em um grupo de pessoas.

Portanto, a avaliação do processamento visual é muito mais complexo e é fundamental para completar os dados de acuidade visual, campo visual, sensibilidade ao contraste e cores. 

Atualmente avaliamos as  seguintes características e  comportamentos visuais: atenção visual, simultanagnosia, seguimento de objetos e pessoas; localização de objetos e pessoas; resposta à face humana; reconhecimento de objetos e símbolos; resposta ao movimento; planejamento e controle  motor; imitação e cópia; cores;  percepção de profundidade; iluminação, respostas ao som; respostas ao ambiente; curiosidade; e tempo de resposta.

Tecnologia assistiva e ferramentas para indivíduos com deficiência visual cortical/cerebral

A tecnologia assistiva desempenha um papel importante na vida das pessoas com deficiência visual cortical. Existem várias ferramentas e dispositivos disponíveis que podem ajudar a melhorar a independência e a qualidade de vida dessas pessoas como acionadores, comunicadores,  lupas eletrônicas, dispositivos de ampliação de texto são apenas alguns exemplos de tecnologias que podem ser utilizadas. 

A Comunicação alternativa e aumentativa – CAA  – deve ser cuidadosamente avaliada para eleição dos pictogramas, símbolos, desenhos e objetos

É essencial que a pessoa com DVC seja avaliada por um especialista para determinar quais tecnologias são mais adequadas para suas necessidades específicas.

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Suporte e recursos para indivíduos e famílias afetados pela deficiência visual cortical

Receber o suporte adequado é fundamental para pessoas com deficiência visual cortical e suas famílias. Existem várias organizações e recursos disponíveis que fornecem informações, orientações e apoio emocional. Além disso, é importante que as famílias se conectem com outros indivíduos e famílias que enfrentam desafios semelhantes, para trocar experiências e obter suporte mútuo. A VIVER oferece aos pais, vagas em todos os cursos sobre deficiência visual cortical/cerebral.

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Conclusão: Capacitando indivíduos com deficiência visual cortical/cerebral

A deficiência visual cortical/cerebral pode apresentar desafios significativos, mas com avaliações e intervenções as pessoas com essa condição podem aprender a comunicar-se e se desenvolverem, podem estar nas escolas, na sociedade, desde que sejam respeitadas suas necessidades visuais e de comunicação.. É crucial que a sociedade como um todo se informe sobre essa condição e ofereça o suporte necessário para que essas pessoas possam alcançar todo o seu potencial. A conscientização e o acesso a recursos adequados são essenciais para capacitar indivíduos com deficiência visual cortical/cerebral e garantir que eles tenham as mesmas oportunidades que as demais pessoas.

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